Neodadaísmo designa não tanto um movimento, mas um conjunto de manifestações artísticas, desenvolvidas desde a década de 50. Mais especificamente, Neodadaísmo tem sido usado desde os anos cinqüenta para caracterizar ou definir os trabalhos de alguns artistas americanos, europeus ou japoneses, que retomavam alguns aspectos conceptuais ou formais do Movimento Dadaísta, ou cujo trabalho se aproxima do de Marcel Duchamp. No geral, estes artistas procuravam, não apenas superar ou contrariar as formas mais correntes de produção artística, como o abstraccionismo, mas questionar a própria noção de arte e de função social da arte, imprimindo aos seus trabalhos um forte cunho interventivo e político.
As manifestações neodadaístas intensificaram-se após o ano conturbado de 1968, momento em que os artistas questionaram o relacionamento entre a obra e o público. De entre os artistas neo-dada americanos destacam-se os pintores Jasper Johns (1930-) e Robert Rauschenberg (1925-), ligados à Arte Pop, desde final dos anos sessenta, que realizaram muitos trabalhos através da aplicação de técnicas e materiais pouco convencionais (como o ready-made a colagem e a assemblage de objectos, fotografias, recortes de jornais), através dos quais refletiam sobre a cultura e as mitologias do capitalismo. Numa versão menos formalista, Robert Gober (1954-) recuperou alguns dos ready-made de Marcel Duchamp, produzindo uma série de variações de caráter conceitual.
sábado, 8 de novembro de 2008
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